Metodologias de Gestão Globais
Diferenças entre as diversas metodologias de Gestão de Projetos e as novas tendências para o Setor Social
A diretora da Umanitar Academy, Carla Damião é certificada internacionalmente em 6 metodologias de Gestão de Projetos e ajudou no desenvolvimento da metodologia global Master Umanitar GP Agile, que visa trazer para o Setor Social ferramentas e processos de gestão e estratégia de alto nível, adaptadas para a realidade do setor.
O Setor Social percebe uma demanda crescente que antes era dominada pela área comercial: obter ferramentas, processos e métodos de desenho, planejamento, execução, monitoramento e avaliação de projetos que apoiem as dificuldades e desafios específicos dos programas sociais e humanitários.
Para iniciar, é importante frisar a diferença entre Metodologia, Proprietário da Metodologia e Instituição de Ensino.
A tabela abaixo ilustra isso de forma simplificada:
Metodologias para Projetos Sociais:
É possível perceber que existem 2 ferramentas principais no mercado Tradicional (PMBOK e PRINCE2), também duas principais metodologias Ágeis (Scrum e Six Sigma) e, agora, o Setor Social passa a ter também duas Metodologias de Gestão (Project Dpro e Master Umanitar).
Geralmente o criador da metodologia também executa cursos sobre ela, mas nem sempre, como no caso do Project Dpro que foi criado pela PM4NGOs e o Six Sigma criado pela Motorola, que jamais deram cursos sobre os temas, mas apoiam as instituições que replicam o método e vendem suas certificações.
No caso do PMBOK e Master Umanitar, as empresas criadoras também dão cursos da metodologia, mas concorrem com outras replicadoras que podem ensinar o método e revender as provas de certificação. Se o aluno passa na prova, ele recebe o certificado original da metodologia, independente de por quem ela foi ensinada.
Outro ponto muito importante: Todas as metodologias têm coisas em comum, não sendo opostas ou fechadas, mas sim complementares e agregadoras.
A base de todas as metodologias de gestão é simplesmente, a gestão.
Significado de Gestão:
Substantivo feminino.
Ação de gerir, de administrar, de governar ou de dirigir negócios públicos ou particulares;
Administração.
Função ou exercício da pessoa responsável pela administração; gerência.
Se você já gerenciou um projeto, você já possui conhecimentos que serão ensinados em qualquer metodologia acima.
MÉTODOS SÃO CAIXAS DE FERRAMENTAS
- Não existe uma ferramenta melhor ou pior, apenas aquela que funciona melhor para determinado momento ou projeto.
- Nenhum método deve ser extremamente rígido, onde o conhecimento só possa ser aplicado da forma ensinada.
- Nenhum método pretende restringir ou limitar, mas ampliar e agregar novos conhecimentos e possibilidades.
Uma metodologia é um conjunto de orientações e princípios que podem ser adaptados e aplicados a uma situação específica.
Metodologias devem prover um roteiro (roadmap) para o gerenciamento do projeto. Equipes que não compartilham uma metodologia tendem a ser menos eficientes. Por isso, as metodologias surgem de necessidades específicas e evoluem conforme a necessidade das equipes vai evoluindo, o mercado, e vão surgindo ideias, formatos, processos, princípios e maneiras de executar ou pensar determiandos desafios que podem auxiliar as equipes.
Um bom gestor possui conhecimento técnico (metodologias e repertórios) e experiência para decidir e definir o que usar e quanto usar dentro do contexto da sua organização.
E como são compostas cada metodologia?
As Fases:
Fases são chamadas “ciclo de vida do projeto”, ou seja, é como cada metodologia divide o projeto para organizar os processos que podem ocorrer em casa fase.
Todas as fases possuem começo, meio e fim, algumas possuem nomes específicos como Transição (fim), Monitoramento (meio), Ideação (começo)… o número de fases e nomes sempre buscam o mesmo objetivo: dividir o projeto em partes que podem ser subdividas em processos para facilitar a visualização do gestor.
Os Princípios:
Os princípios ou diretrizes são “boas práticas que devem permear todo o projeto” como por exemplo “embasamento”, “boa comunicação”, “adaptabilidade”… seriam como as bases que o líder deve estar atento sempre que tomar uma decisão.
O pensamento de um gestor que estuda métodos de gestão permeia os princípios quando precisa tomar uma decisão: “Estou deixando meu projeto bem embasado? Ele é adaptável? Estou seguindo as boas práticas que aprendi?” .
As Disciplinas:
Aqui são identificadas as matérias que o gestor precisa gerenciar. Exemplos: Gerenciamento de tempo; gerencimento de Escopo; gerencimento de recursos… elas são quase sempre parecidas e, sempre, contém pelo menos essas três que citamos acima. Podem ser complementares a gestão de equipe, gestão de partes interessadas, gestão de justificativa…
Essas disciplina ajudam o gestor a compreender e relembrar que ele precisa “equilibrar vários pratos”, prestando atenção em todos os aspectos do projeto. Nada pode ser esquecido, nenhuma disciplina pode ser menos importante.
Os Processos, Ferramentas ou Atividades:
Aqui está a parte mais divertida das metodologias, na minha opinião, pois é a hora que o gestor sai da teoria e agrega conhecimento práticos na sua rotina.
São exemplos de processos: Cronograma, Fluxo de Caixa, Análise de Valor Agregado, EAP, Análise SWOT, Plano de Riscos…
Todas essas “ferramentas” são geralmente formas de organizar ou preparar um processo para facilitar a vida do gestor. Existem diversas formas de executar um bom cronograma, mas dentro de cada metodologia há um ou vários métodos que o gestor aprende a montar, que agrega seu conhecimento técnico. Quanto mais processos ele conhecer, maior é a “caixa de ferramentas” disponível para ele usar.
Eu adoro esse comparativo da caixinha de ferramentas… Se você sabe usar bem apenas um martelo e uma chave de fenda, você terá muito mais dificuldade para montar um guarda-roupas do que aquela pessoa que sabe usar e possui diversos equipamentos, não é mesmo?
Ao mesmo tempo, se você precisa pregar um quadro na parede, não vai precisar de todo o seu arsenal. Um bom gestor possui uma ampla caixa de ferramentas à disposição e sabe usá-las, mas principalmente, ele sabe o que e quando deve usar.
Para fazer o treinamento Master Umanitar GP Agile com prova de certificação incluída, faça sua inscrição. =)
Tag:Assistente social, Avaliação de Impacto, Avaliação de projeto social, Captação de Recursos, Certificação Internacional, certificado internacional, como ganhar editais, como ganhar edital, como montar uma ong, como trabalhar na onu, Conhecimento, Consultoria Social, Course, Curso de captação, Cursos para Governo, Cursos para ONG, Cursos terceiro setor, desenho de projeto social, empresa social, Ensino, filantropia, gestao agil, gestão agile, Gestão de Projetos, Gestao Pública, Gestão Social, Impacto Social, Marco Lógico, Master Umanitar GP Agile, Metodologia, Metodologia Ágil, Metodologia Tradicional, oportunidade, relações internacionais, Social, teoria de Mudança, terceiro setor, Umanitar Academy, vagas, vagas na onu
2 Comentários
Amei ouvir você, Carla Damião falar sobre Impacto Social. Pretendo fazer esse curso sobre Avaliação de Impacto, assim que eu terminar o Curso GP Agile.
Texto bastante didático e claro